ENTREVISTADES
O elenco conta com pessoas com as mais diversas sexualidades, identidades de gênero, idades, raças e naturalidades. Dessa forma, proporciona-se diferentes espaços de fala e valoriza cultural e artisticamente a comunidade
ADRIANO NUNES
Adriano nasceu em Mossoró-RN e atualmente vive em São Paulo-SP. Ele tem 46 anos, se identifica como homem cis gay, é jornalista, psicanalista em formação e pesquisa memórias de turistas idoses LGBT+. Além disso, possui um canal no YouTube chamado Dialogay, onde fala de assuntos sobre sexualidade, corpo gordo e velhice.
“Sair do armário para mim é se olhar no espelho, é se reconhecer, se ver, se aceitar, é se entender”
ANNA SOUZA
Anna, 26, é radialista e artista, ela se identifica como mulher-cis bissexual. Para Anna, a arte é a forma mais sincera de transcrever a vida. Busca autoconhecimento através da expressão corporal e das artes sensoriais com trabalhos feitos com lã. Os fios tecem novas perspectivas e travam elos com a ancestralidade: o poder da conexão de um ponto a outro e o constante desenrolar do ser.
“Tem gente que pode sair do armário, tem gente que não pode porque vai sofrer violência, tem gente que pode sair do armário porque vai ser acolhido, então sair do armário para mim no final das contas é uma escolha”
CATIA SANTOS
Catia Santos tem 48 anos, nasceu em São Bernardo do Campo-SP, mas atualmente mora em Limeira-SP. Catia se identifica como mulher-cis bissexual, reside com sua companheira e suas 2 filhas mais novas, tem outra filha mais velha que mora em São Paulo-SP. É graduada em Letras e Radiologia, e atualmente trabalha como técnica de enfermagem e artesã.
“Eu acho que sair do armário é você assumir sua vida e enfrentar o que tiver que enfrentar”
FILIPA BRUNELLI
Filipa Brunelli Iani, é uma mulher Travesti oriunda das periferias de Araraquara, interior de São Paulo, cabeleireira, graduanda em Sociologia, que aos seus 28 anos, se tornou a primeira vereadora travesti a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Araraquara.
“Sair do armário para mim significa romper com uma normatividade imposta para você, é você buscar uma liberdade que todas as pessoas heterocisnormativa têm, que nós não temos”
INGRID ANJOS
Ingrid Anjos tem 25 anos, é compositora, multi-instrumentista, Beatmaker, produtora musical e arte-educadora. Reside em Santo André/SP e se identifica como mulher-cis lésbica. Em 2020 lançou seu primeiro single, com videoclipe, Carta Pra Mim. E em 2021 lançou seu primeiro EP Epifania. Através de sua arte, Ingrid busca alcançar cada vez mais pessoas como ela: negras e LGBTQIA+.
“Eu acho que sair do armário é justamente a gente lutar contra esse sistema binário que mata as pessoas, oprime as pessoas, por isso que é importante a gente se unir e ser quem a gente é”
JULIAN
Julian nasceu em Campina Grande/PB, tem 31 anos, é um homem trans Artivista, músico independente, diretor de audiovisual e pesquisador na área de gênero e sexualidade. Em 2019 lançou seu primeiro EP Audiovisual, “Transrevolução”, de forma independente. Em 2020 trouxe a junção da poesia e da música no “Show-Manifesto”, levantando temas como Machismo, Sexismo e a LGBTfobia. Desde então ele vem ocupando espaços importantíssimos, dentro e fora da cena LGBTQIA+, como: Festival Casa Mó (JP), Festival Gama (CG), Festival Lia de Itamaracá (RE), Marcha do Orgulho Trans (SP), Slam Cuir (RJ), Slam das Minas (RJ), TedX Macedo (SP), entre outros.
“Para mim sair do armário é você se amar acima de qualquer coisa”
JÚLIA PATERNIANI (JUPAT)
Júlia Paterniani é mulher, trans, bi, aquariana, travesti. Tem 38 anos, nasceu em Ribeirão Preto/SP, já morou em São Carlos/SP, em São Paulo/SP e a maior parte da vida em Piracicaba/SP, onde mora atualmente. Já estudou Física, Turismo e trabalha como funcionária pública, dividindo seu tempo entre yoga, gatos, música e leitura. Em 2018 lançou seu primeiro disco, “Toda mulher nasce chovendo” e em 2020 seu segundo álbum, “Nadando com Peixes que Voam”, já tendo se apresentado em espaços como Sesc Piracicaba, Centro Cultural São Paulo, Fatiado Discos, CEU Navegantes, Virada Feminista de Jundiaí e Festival Curau.
"Para mim sair do armário é você poder se sentir na sua pele, sentir que tá tudo bem em você ser você mesmo, que você não precisa ter medo e ter vergonha de quem você é”
SANDRA TOLEDO
Sandra Regina Toledo Rodovalho, tem 54 anos, se identifica como mulher-cis lésbica, é casada há 14 anos, tem 3 filhas: 28, 17, 14. É formada em Sociologia e Geografia, atualmente aposentada como bancária e professora. Sandra adora debates gerais sobre política, economia, geopolítica, espiritualidade e atualidades. Ama esportes, em especial voleibol (que praticou na adolescência). Ela foi por muito tempo dirigente sindical dos bancários e milita em defesa da categoria dos professores e das questões gerais da sociedade. Se descobriu uma amante do artesanato e paisagismo. Ama a vida e viver para ela é uma experiência única.
“Eu acho que sair do armário é você aprender a falar não e vivenciar aquilo que você é. É você assumir a sua identidade”
WENDY MORETTI
Wendy Moretti tem 28 anos, se identifica como uma pessoa não-binária e é aspirante a artista. Inspira artes, expira as possibilidades de ser, enquanto transpira a vontade de viver sendo arte todos os dias. É nessa res(piração) que segue em busca de uma lucidez e onde encontra o maior motivo de sua existência. Nasceu em Guarulhos/SP, morou em terras da morada do sol (Araraquara/SP) e nunca tinha ido à Bahia, mas atualmente mora em Salvador.
“Eu acho bem difícil esse processo de sair do armário, mas eu acredito que exteriorizar isso para o mundo e se auto-afirmar que é muito importante para que a gente comece cada vez mais a romper com esses preconceitos da sociedade”